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81. PSICANÁLISE DA LEITURA (2025) MATTANÓ.
81. PSICANÁLISE DA LEITURA (2025) MATTANÓ.

81. PSICANÁLISE DA LEITURA (2025) MATTANÓ.

 

Obras Completas de Sigmund Freud numa releitura de Osny Mattanó Júnior

 

 

 

Psicanálise da Leitura

 

 

 

VOLUME 1

(2025)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

17/08/2025

Primeiros ensaios exclusivos

 

Prof. Pesq. Osny Mattanó Júnior

 

 

 

 

 

 

 

VOLUME I

(2018)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

17/08/2025

Publicações pré-Psicanalíticas e esboços inéditos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VOLUME I

(1886-1899)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dr. Sigmund Freud

 

 

PREFÁCIO GERAL DO EDITOR INGLÊS

 

(1) O OBJETIVO DA STANDARD EDITION

 

O material contido nesta edição está indicado por seu título - Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud; contudo, seria conveniente que eu começasse por indicar mais explicitamente seu conteúdo. Meu objetivo foi incluir nesta edição a totalidade dos escritos psicológicos publicados de Freud - isto é, tanto os psicanalíticos como os pré-psicanalíticos. Não se incluem aqui os numerosos trabalhos de Freud sobre as ciências físicas publicados durante os primeiros quinze anos, mais ou menos, de sua atividade produtiva. Fui bastante liberal quanto ao critério de seleção adotado, pois encontrei lugar para dois ou três trabalhos elaborados por Freud imediatamente após seu regresso de Paris, em 1886. Estes, que abordam principalmente a histeria, foram escritos sob a influência de Charcot, quase sem nenhuma referência aos processos mentais; mas constituem uma verdadeira ponte entre os trabalhos neurológicos e psicológicos de Freud.

A Standard Edition não inclui a correspondência de Freud. Esta tem enorme extensão e apenas algumas seleções relativamente pequenas foram publicadas até o momento. Com exceção das ‘Cartas Abertas’ e de algumas outras, publicadas com o consentimento de Freud durante sua vida, minha exceção principal a essa regra geral está representada pela correspondência que Freud manteve com Wilhelm Fliess no correr da parte inicial de sua carreira. Essa correspondência é de tão vital importância para a compreensão dos pontos de vista de Freud (e não só dos seus pontos de vista iniciais) que grande parte dela não poderia ser rejeitada. Por conseguinte, o primeiro volume da edição contém o Projeto de 1895 e a série de ‘’Rascunhos’’ remedidos por Freud a Fliess entre 1892 e 1897, bem como as partes das cartas que possuem interesse científico explícito.

A Standard Edition também não contém quaisquer relatos ou sumários, publicados nas revistas da época, das muitas conferências e artigos de Freud apresentados, nos primeiros tempos de sua carreira, em reuniões de diversas sociedades médicas de Viena. Aqui, as únicas exceções são os raros casos em que o relato foi feito ou revisado pelo próprio Freud.

Por outro lado, a Standard Edition encerra todo o conteúdo das Gesammelte Werke (a única edição alemã quase completa), além de uma série de trabalhos que ou vieram a lume após a conclusão das Gesammelte Werke, ou foram, por motivos vários, omitidos por seus organizadores. Também pareceu imprescindível incluir, no Volume II, a participação de Josef Breuer nos Studien über Hysterie, que foi deixada de fora em ambas as edições alemãs coligidas.

 

O RELEITOR ( MATTANÓ):

O trabalho agora é do autor, Osny Mattanó Júnior, que realça suas Novas Teorias e Epistemologias Psicológicas Mitológicas a fim de contribuir com uma nova edição da psicanálise freudiana, agora mattanoniana.

 

 

Para a Psicanálise da Leitura apontamos que o trabalho agora é do autor, Osny Mattanó Júnior, que realça suas Novas Teorias e Epistemologias Psicológicas Mitológicas a fim de contribuir com uma nova edição da psicanálise freudiana, agora mattanoniana através do Alcorão que nos ajuda com uma estrutura organizacional que consiste em 114 suras (ou capítulos), que variam em comprimento e são compostas por versos chamados ayahs. Essas suras são organizadas em ordem decrescente de comprimento, com exceção da primeira sura, que é uma breve invocação chamada Al-Fatiha (A Abertura). Acompanhe, a seguir, uma visão geral da estrutura do Alcorão:

Sura: cada uma trata de tópicos específicos e varia em extensão. As suras mais longas tendem a ser encontradas no início do Alcorão, enquanto as mais curtas estão no final.

Ayah: cada sura é composta de versos chamados ayahs (ou versículos), as unidades básicas de texto no Alcorão. Os ayahs podem variar em comprimento e abordam uma variedade de tópicos, desde leis e orientações religiosas até narrativas históricas e reflexões espirituais.

Juz’: o Alcorão é dividido em 30 partes, chamadas juz’ e destinadas a facilitar a recitação e a memorização do livro sagrado durante o mês do Ramadã, quando é comum ler o Alcorão completo.

Hizb: cada juz’ é dividido em duas seções menores, chamadas hizb.

Rub ‘al-Hizb: cada hizb é dividido em quatro partes, chamadas rub ‘al-hizb, totalizando 240 partes.

Ajza’: no total, o Alcorão é dividido em 60 partes, chamadas ajza’, cada uma das quais contém aproximadamente uma trigésima parte do Alcorão.

Os princípios do Alcorão são:

Monoteísmo (Tawheed): o Alcorão enfatiza a unicidade e a absoluta transcendência de Deus (Alá). Os muçulmanos são chamados a adorar apenas a Deus e a reconhecer que Ele é o único digno de louvor e devoção.

Justiça e equidade: o Alcorão ensina a importância da justiça em todas as áreas da vida. Os muçulmanos são instruídos a agir com equidade em seus relacionamentos pessoais, sociais e comerciais, e a tratar todos os indivíduos com justiça, independentemente de sua religião, raça ou status social.

Misericórdia e compaixão: o Alcorão enfatiza a importância da misericórdia e da compaixão. Os muçulmanos são encorajados a demonstrar gentileza e compaixão para com os outros, especialmente para com os necessitados e oprimidos.

Humildade e submissão: o Alcorão ensina que os seres humanos devem cultivar a humildade e a submissão a Deus. Os muçulmanos são incentivados a reconhecer sua dependência de Deus e a submeter suas vontades à vontade divina.

Responsabilidade individual: o Alcorão enfatiza a responsabilidade individual perante Deus. Os muçulmanos são instruídos a agir com responsabilidade em todas as áreas de suas vidas e a prestar contas por suas ações no Dia do Juízo.

Igualdade e fraternidade: o Alcorão ensina que todos os seres humanos são iguais perante Deus e que a verdadeira distinção entre as pessoas está em sua piedade e retidão. Os muçulmanos são incentivados a cultivar um senso de fraternidade universal e a tratar todos os seres humanos com igualdade e respeito.

O Alcorão tem uma importância central no islamismo e para os muçulmanos em todo o mundo por várias razões, tais como:

Palavra de Deus: os muçulmanos acreditam que o Alcorão é a palavra final e literal de Deus (Alá), revelada ao profeta Maomé por meio do anjo Gabriel ao longo de cerca de 23 anos. Como tal, é considerado o livro mais sagrado e a principal fonte de orientação espiritual, moral e jurídica para os muçulmanos.

Guia para a vida: o Alcorão fornece orientação em todas as áreas da vida, incluindo crença, moralidade, ética, legislação e espiritualidade. Ele aborda uma ampla gama de questões, desde as obrigações religiosas diárias até os princípios fundamentais de justiça, igualdade e compaixão.

Fonte de inspiração: o Alcorão é uma fonte de inspiração para os muçulmanos, fornecendo conforto espiritual, encorajamento e esperança em tempos de dificuldade. Muitos muçulmanos encontram conforto na recitação e na memorização do Alcorão, bem como na reflexão sobre seus ensinamentos.

Unidade e identidade: o Alcorão desempenha um papel importante na unidade e identidade dos muçulmanos em todo o mundo. Independentemente de sua origem étnica, cultural ou linguística, os muçulmanos compartilham uma conexão comum por meio de sua fé no Alcorão e de sua devoção a seus ensinamentos.

Fundamento da lei islâmica (Sharia): muitos aspectos da lei islâmica (Sharia) são baseados nos ensinamentos do Alcorão, que fornece princípios e diretrizes para questões legais e éticas. Como resultado, o Alcorão é uma fonte fundamental de autoridade para a legislação islâmica em muitos países de maioria muçulmana.

A Psicanálise da Leitura pretende desenvolver através dos seus métodos e princípios analíticos e interpretativos construídos com suas ferramentas e recursos técnicos como os ¨avatares¨, os ¨dramas¨, os ¨personagens dos dramas e das representações¨, a ¨inspiração e o encorajamento¨, a ¨moralidade e a ética¨, a ¨unidade e a identidade¨, a ¨justiça e a equidade¨, a ¨misericórdia e a compaixão¨, a ¨humildade e a submissão¨, a ¨responsabilidade individual¨ e a ¨igualdade e a fraternidade¨ um modelo para adquirir e ampliar o repertório comportamental de cada paciente ou educando, quando for possível e necessário, seja na vida anímica, na vida onírica, na vida paranormal e/ou na vida sobrenatural. De modo a levá-lo a assimilar e acomodar um estilo de vida construído na Leitura da sua própria personalidade, vida sócio-histórica, recalcada, familiar, infantil, doméstica, comportamental, social, escolar, trabalhista, institucional, religiosa, afetiva, matrimonial e espiritual.

 

MATTANÓ

(17/08/2025)

 

 

 

 

 

 

(2) O PLANO DA EDIÇÃO

 

Para um editor que se defrontou com um total de uns dois milhões de palavras, o primeiro problema foi decidir qual a melhor maneira de apresentá-las aos leitores. Deveria o material ser ordenado segundo um critério classificatório ou um critério cronológico? A primeira edição alemã coligida (os Gesammelte Schriften, publicados durante a vida de Freud) empreendeu uma divisão de acordo com o assunto; para as Gesammelte Werke, mais recentes, pretendeu-se uma disposição estritamente cronológica. Nenhum dos dois critérios foi satisfatório. Os escritos de Freud não se encaixam comodamente em categorias, e a cronologia estrita significaria interromper cerradas seqüências de idéias. Aqui, portanto, foi adotada uma conciliação. O arranjo é, no geral, cronológico; todavia, não segui a regra em alguns casos - aqueles em que, por exemplo, Freud escreveu um adendo muitos anos depois do trabalho original (como acontece com o Estudo Autobiográfico, no Volume XX), ou em que ele mesmo agrupou um conjunto de artigos de diferentes datas (tal como os artigos sobre técnica, no Volume XII). Em geral, porém, cada volume contém todos os trabalhos pertencentes a um determinado período de anos. O conteúdo de cada volume (exceto, naturalmente, quando se trata de um único trabalho extenso) é agrupado em três classes: coloquei em primeiro lugar o trabalho principal (ou trabalhos principais) pertencente ao período - que dá o título ao volume; seguem-se os escritos mais importantes, de menor extensão; e por fim são incluídos os trabalhos realmente breves (e, geralmente, de importância relativamente menor). Na medida do possível, a cronologia é determinada pela data da redação real da obra em questão. Muitas vezes, porém, a única data certa é a da publicação. Por conseguinte, cada item é encimado pela data de publicação entre parênteses, seguida da data de composição, entre colchetes, nos casos em que esta pode, com bastante segurança, ser considerada diferente da anterior. Assim, é quase certo que os dois últimos artigos “metapsicológicos”, no Volume XIV, embora publicados em 1917, tenham sido escritos na mesma época que seus três predecessores, em 1915. Esses dois últimos, por conseguinte, são incluídos no mesmo volume que os demais, sendo encimados pelas datas “(1917 [1915])”. Cabe ainda dizer que cada volume contém sua bibliografia e índice próprios, embora estejam planejados para o Volume XXIV uma bibliografia e um índice completos para todo o conjunto da obra.

 

(3) AS FONTES ALEMÃS

 

As traduções da edição inglesa baseiam-se, em geral, nas últimas edições alemãs publicadas ainda em vida de Freud. No entanto, uma das minhas principais dificuldades foi a natureza insatisfatória dos textos alemães. As publicações originais, editadas sob a supervisão direta de Freud, via de regra são fidedignas; entretanto, à medida que o tempo transcorria e a responsabilidade passava a outras mãos, os erros começavam a se infiltrar. Isso aconteceu até mesmo na primeira edição coligida, publicada em Viena entre as duas grandes guerras e destruída pelos nazistas em 1938. A segunda edição coligida, impressa na Inglaterra em meio às maiores dificuldades, durante a Segunda Guerra Mundial, é, em grande parte, uma fotocópia da que a precedeu, mas naturalmente mostra sinais das circunstâncias em que foi produzida. No entanto, continua sendo a única edição alemã existente dos trabalhos de Freud com alguma pretensão de ser completa.

De 1908 em diante, Freud preservou seus manuscritos; mas no caso dos trabalhos publicados durante sua vida, não os consultei, exceto em alguns casos de dúvida. Quanto aos textos publicados postumamente, a situação é diferente; em alguns casos, especialmente no do Projeto (como se pode constatar a partir da Introdução do Editor Inglês a esse trabalho), a tradução foi feita diretamente de uma cópia fotostática do manuscrito.

Um grave defeito nas edições alemãs é a ausência de qualquer tentativa de levar em conta as numerosas modificações de texto feitas por Freud nas edições sucessivas de alguns dos seus livros. Isso se aplica especialmente à Interpretação dos Sonhos e aos Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, pois ambos foram, em grau muito acentuado, remodelados em suas edições posteriores. Para um estudioso sério do desenvolvimento das idéias de Freud, é do maior interesse ter bem exposta a estratificação de seus pontos de vista. Assim sendo, aqui me empenhei em assinalar, pela primeira vez, as datas em que foram realizadas as diferentes modificações, e em expor em notas de rodapé as versões anteriores.

 

(4) OS COMENTÁRIOS

 

A partir do que acabou de ser dito, depreende-se que, no conjunto, concebi esta edição tendo em mente o ‘estudioso sério’. Inevitavelmente, o resultado foi um grande número de comentários, com o qual muitos leitores ficarão irritados. Nesse ponto, sou levado a citar o Dr. Johnson:

“Para um expositor, é impossível não escrever muito pouco para alguns e demais para outros. Somente por sua própria experiência é que ele pode julgar aquilo que é necessário; e, por mais que faça deliberações, acabará por explicar muitas passagens que o erudito achará impossível que se compreendam mal e por omitir muitas outras explicações para as quais o inculto desejaria sua ajuda. Estas são censuras meramente relativas, que devem ser toleradas com tranqüilidade.”

Os comentários da Standard Edition são de diferentes tipos. Em primeiro lugar, há as notas puramente textuais, às quais me referi há pouco. Seguem-se as elucidações das numerosíssimas alusões históricas e a lugares, bem como das citações literárias de Freud. Freud constituiu um vívido exemplo de homem igualmente à vontade nas ‘duas culturas’, como têm sido denominadas. Não era apenas um hábil neuroanatomista e fisiologista; era também largamente versado nos clássicos gregos e latinos, bem como na literatura de seu idioma e nas literaturas da Inglaterra, da França, da Itália e da Espanha. A maioria de suas alusões deve ter sido imediatamente compreensível para seus contemporâneos em Viena, mas elas estão muito além do alcance de um leitor atual de língua inglesa. Contudo, muitas vezes, especialmente em A Interpretação dos Sonhos, essas alusões desempenham um papel real no desenvolvimento de sua argumentação; sua explicação não pôde ser posta de lado, conquanto tivesse exigido pesquisa considerável e às vezes infrutífera.

Um outro tipo de anotações é constituído pelas remissões. Estas devem ser de especial valor para o estudioso. Freud freqüentemente abordou o mesmo assunto várias vezes e, talvez, de diferentes maneiras, em datas separadas por longos intervalos. As remissões entre essas ocasiões, alcançando toda a extensão da edição, devem ajudar a superar a objeção ao tratamento cronológico geral do material. Por fim, e mais raramente, há notas explicativas de comentários feitos por Freud. Estas, todavia, são em geral apenas exemplos ampliados das remissões; as discussões mais elaboradas do sentido em Freud ficam habitualmente reservadas a uma outra categoria de comentário.

É que, além dessas explicações feitas correntemente em notas de rodapé, cada trabalho é, sem exceção, acompanhado de uma nota introdutória. Esta varia em extensão, de acordo com a importância do trabalho. Em todos os casos, essa nota inicia com uma bibliografia do texto alemão e de todas as suas traduções para o inglês. (Não é feita qualquer menção a traduções para outros idiomas; também não se procurou fornecer uma lista completa das reedições subseqüentes à morte de Freud em 1939.) Segue-se um relato daquilo que se conhece a respeito da data e das circunstâncias da redação e publicação do trabalho. Vem, a seguir, alguma indicação do conteúdo temático do trabalho e do lugar que ele ocupa na corrente principal do pensamento de Freud. Naturalmente, é aqui que as diferenças serão encontradas. No caso de um trabalho breve, de pequeno interesse, haverá apenas uma ou duas frases. No caso de um trabalho maior, pode haver um ensaio introdutório de muitas páginas.

Todos esses vários tipos de intervenção editorial foram norteados por um único princípio. Meu objetivo foi, espero que corretamente, deixar que Freud fosse seu próprio expositor. Onde há pontos obscuros, busquei explicações nos escritos do próprio Freud; onde parece haver contradições, contentei-me em colocar o fato diante do leitor e possibilitar que este formasse sua própria opinião. Dei de mim o melhor que pude a fim de evitar ser didático, e evitei qualquer pretensão de autoridade ex-cathedra. Mas, se refreei minhas opiniões próprias, especialmente em questão de teoria, constatar-se-á que deixei igualmente de mencionar todos os comentários, abordagens e críticas oriundos de qualquer outra fonte. Assim, quase sem exceção, esta edição não contém absolutamente referências a outros autores, por mais eminentes que sejam - exceto, naturalmente, aqueles que são citados pelo próprio Freud. (A enorme proliferação da bibliografia psicanalítica depois de sua morte, de qualquer modo, teria imposto essa decisão.) Assim, o estudioso poderá abordar os escritos de Freud sem a influência de opiniões alheias.

É no tocante aos comentários que me sinto sobremaneira consciente das deficiências desta edição, muitas delas irremediáveis. Os numerosos erros tipográficos e pequenos lapsos podem ser corrigidos, segundo espero, no Volume XXIV; mas as falhas que me preocupam não podem ser reparadas com tanta facilidade. Na maioria, elas surgem da imaturidade do material. Exemplo disso é algo que já mencionei - a ausência de qualquer edição alemã realmente fidedigna. Na realidade, porém, quando se iniciava o trabalho desta edição, há mais de quinze anos, toda a área estava inexplorada e sem demarcação. Nem sequer tinha sido iniciada a publicação da biografia de Freud de autoria de Ernest Jones; a maioria das pessoas desconhecia a correspondência com Fliess e a própria existência do Projeto. É verdade que recebi assistência de muitas pessoas de todas as partes, especialmente de Ernest Jones, que me punha a par das suas descobertas à medida que as fazia. Não obstante, a Standard Edition constitui um trabalho pioneiro, com todos os inevitáveis erros e tropeços que isso implica. Eu próprio fui-me tornando mais bem informado quanto às idéias de Freud, à medida que o tempo passava, e é provável que os volumes de publicação mais recente dêem prova disso.

Mencionem-se, em particular, duas deficiências. A primeira delas é que, naturalmente, foi impossível concretizar a situação ideal de manter toda a edição composta tipograficamente, mas aberta a correções até estar concluído o último volume. Foi necessário tomar toda uma série de decisões fundamentais antes de publicar o primeiro volume. Essas decisões incluíram tanto as questões de formato quanto a escolha de termos técnicos e, uma vez tomadas tais decisões, em geral foi necessário respeitá-las em toda a edição. Naturalmente, mais tarde lamentou-se o fato de algumas delas terem sido tomadas. Uma outra fonte de deficiências que o crítico benévolo poderá ter em mente é que a Standard Edition foi, sob muitos aspectos, um trabalho de amadores. Foi um trabalho feito por algumas pessoas que habitualmente se dedicam a outras ocupações, um trabalho feito sem apoio de qualquer organização acadêmica disposta a fornecer pessoal ou instalações.

 

(5) AS TRADUÇÕES

 

Ao se pensar numa tradução revista de Freud, o objetivo primeiro só poderia ser o de transmitir seu pensamento com a máxima fidelidade possível. No entanto, um outro problema, talvez mais difícil, não podia ser evitado: o problema do estilo. Certamente não é possível deixar de levar em conta os méritos literários de Freud. Thomas Mann, por exemplo, referiu-se às qualidades “genuinamente artísticas” de Totem e Tabu - “em sua estrutura e em sua forma literária, uma obra-prima relacionada e vinculada com todos os grandes exemplos de obras ensaísticas alemãs”. Dificilmente se poderia esperar que esses méritos sobrevivessem à tradução, mas era preciso empreender algum esforço nesse sentido. Quando a Standard Edition foi inicialmente planejada, considerou-se que seria vantajoso uma única pessoa incumbir-se de moldar todo o texto; com efeito, uma única pessoa executou a maior parte do trabalho de tradução, e mesmo quando uma versão anterior foi utilizada como base, pode-se constatar que se impôs a execução de grandes alterações. Infelizmente, isso provocou a rejeição, no interesse da desejada uniformidade, de muitas traduções feitas anteriormente e que, em si mesmas, eram excelentes. O modelo imaginário que sempre tive diante de mim foram os escritos de algum homem de ciência inglês, de grande cultura, nascido em meados do século dezenove. E em caráter explicativo, e não patriótico, eu gostaria de enfatizar a palavra “inglês”.

Se me volto agora para a questão primeira da tradução correta da intenção de Freud, devo entrar em conflito com o que acabei de dizer. Pois, em todas as passagens em que Freud se torna difícil ou obscuro, é necessário aproximar-se mais de uma tradução literal, sacrificando a elegância estilística. Também por idêntico motivo é necessário absorver por inteiro, na tradução, uma série de termos técnicos, expressões estereotipadas e neologismos que, com a maior boa vontade deste mundo, não podem ser considerados “ingleses”. Há também a dificuldade especial - que emerge, por exemplo, em A Interpretação dos Sonhos, A Psicopatologia da Vida Cotidiana e no livro sobre os chistes - do aparecimento de material que envolve aspectos verbais intraduzíveis. Aqui, não dispusemos da alternativa fácil de eliminar ou substituir por algum material equivalente em língua inglesa. Tivemos que nos socorrer de colchetes e notas de rodapé, pois nos prende o compromisso da regra fundamental: Freud, Freud, e nada mais do que Freud.

No que diz respeito ao vocabulário técnico, adotei, em geral, os termos sugeridos em A New German-English Psycho-Analytical Vocabulary, de Alix Strachey (1943), que, por sua vez, baseou-se nas sugestões de um “Glossary Committee” instituído por Ernest Jones vinte anos antes. Somente em alguns casos divergi dessas autoridades. Determinadas palavras que levantam controvérsias são discutidas em uma nota à parte, mais adiante (em [1]).

Na medida do possível, procurei ater-me à regra geral de traduzir invariavelmente um termo técnico alemão pelo mesmo termo inglês. Assim, “Unlust” é sempre traduzido por “unpleasure“ (“desprazer”) e “Schmerz” é sempre traduzido por “pain” (“dor”). Contudo, deve-se observar que essa regra é passível de conduzir a equívocos. Por exemplo, o fato de “psychisch” ser habitualmente traduzido por “psychical” (“psíquico”) e “seelisch” por “mental” (“mental”) pode levar à idéia de que essas palavras possuam significados diferentes, quando penso que são sinônimas. A regra da tradução uniforme, porém, foi levada mais adiante e estendida a expressões e, a rigor, passagens inteiras. Quando, como tantas vezes acontece, Freud apresenta a mesma argumentação ou conta o mesmo episódio em mais de uma ocasião (às vezes com grandes intervalos de tempo), procurei acompanhá-lo e usar quando ele as usa, palavras idênticas; quando ele as modifica, procurei fazer o mesmo. Alguns pontos não destituídos de interesse são assim preservados na tradução.

Tenho a obrigação de dizer explicitamente, aqui, que todos os acréscimos ao texto, por menores que sejam, e todas as notas de rodapé adicionais estão indicados por colchetes.

 

(6) AGRADECIMENTOS

 

Antes de mais nada, é necessário expressar reconhecimento ao apoio extremamente generoso prestado ao empreendimento, nos seus primórdios, pelos membros da Associação Americana de Psicanálise (à qual me orgulho de pertencer, atualmente, como membro honorário), por iniciativa, em especial, do Dr. John Murray, de Boston, com apoio do Dr. W. C. Menninger, àquela época presidente da Associação. Todas as tentativas feitas anteriormente para levantar o capital necessário tinham falhado, e todo o projeto teria sido abandonado, não fosse a magnífica atitude da América ao subscrever, adiantado, mais ou menos quinhentas coleções da edição proposta. A soma foi subscrita como um ato de pura e até imoderada confiança, numa época em que não havia provas concretas de uma coisa chamada Standard Edition e os resignados subscritores foram obrigados a esperar quatro ou cinco anos para que os primeiros volumes lhes fossem remetidos.

Dessa época em diante, o apoio americano foi constante e chegou até mim oriundo de muitas fontes. Ao longo dos anos, mantive constantes contatos com o Dr. K. R. Eissler, que colocou à minha disposição todos os recursos dos Arquivos Sigmund Freud, além de me proporcionar o mais amistoso incentivo pessoal. Ainda por intermédio dele, tive acesso ao valioso material guardado na biblioteca do Instituto de Psiquiatria do Estado de Nova Iorque. Naturalmente, estive em débito constante para com o Dr. Alexander Grinstein e seu Index of Psychoanalytic Writings. Ainda no âmbito da ajuda que obtive da América, devo mencionar dois homens de regiões separadas por uma grande distância; cada um deles, por longo tempo, deu seu apoio ao sonho de ter um Freud completo em inglês, mas nenhum dos dois viveu o bastante para ver esse sonho realizado: Otto Fenichel e Ernst Kris.

Aproximando-me mais de casa, meu principal apoio veio, naturalmente, do Instituto de Psicanálise e, em particular, do seu Comitê de Publicações, que, sob a direção de diferentes nomes, me apoiou resolutamente desde o primeiro momento, a despeito inclusive do que, muitas vezes devem ter-se afigurado exigências financeiras exorbitantes. Parece uma impropriedade mencionar nomes individualmente, mas devo recordar, mais uma vez, minha volumosa e instrutiva correspondência com Ernest Jones. Tenho especiais motivos para ser grato à Dra. Sylvia Payne, que durante longo tempo ocupou a presidência do Comitê de Publicações.

Passando à germinação real da Standard Edition, é desnecessário dizer que meus primeiros agradecimentos cabem à colaboradora e aos auxiliares cujos nomes são vistos na página de rosto de cada volume: Srta. Anna Freud, minha esposa e o Dr. Alan Tyson. A Srta. Freud, sobretudo, revelou-se incansável ao dedicar suas preciosas horas de lazer à leitura de toda a tradução e ao contribuir com inestimáveis críticas. O nome da Srta. Angela Richards (atualmente Sra. Angela Harris) também aparece na página de rosto do presente volume. Nesses últimos anos, ela foi, de fato, minha auxiliar principal, e se incumbiu de grande parte do aspecto editorial de meu trabalho. Também devo gratidão à Srta. Ralph Partridge, que preparou a maior parte dos índices de cada volume, e às Sras. Ambrose Price e D. H. O’Brien, que, em trabalho conjunto, datilografaram todo o material da edição.

As dificuldades nos preparativos iniciais desta edição foram exacerbadas pelas complicações decorrentes do fato de Freud haver lidado de modo totalmente não-pragmático com os direitos autorais de suas traduções. Esses problemas, especialmente os referentes aos direitos autorais americanos, só foram solucionados mediante a decisiva intervenção do Sr. Ernst Freud por um período de vários meses. O lado inglês dessa questão foi manipulado por The Hogarth Press e, em especial, pelo Sr. Leonard Woolf. O Sr. Woolf, que vem publicando as traduções inglesas de Freud há uns quarenta anos, participou ativamente da evolução desta edição. Sinto que minha gratidão especial, e até um tanto mesclada de culpa, se deve aos editores e impressores, por sua tolerância em atenderem às minhas exigências.

Cabe-me acrescentar que, embora tenha recebido conselho de muitas pessoas que me auxiliaram, e tenha-me beneficiado muito desses conselhos em todos os pontos da tradução ou dos comentários, a decisão final, em última análise, só poderia ser minha; portanto, é apenas sobre mim que repousa toda a responsabilidade pelos erros que o tempo, certamente, há de revelar em abundância.

Por fim, eu tomaria a liberdade de expressar um reconhecimento mais pessoal: minha dívida de gratidão para com a companheira que há tantos anos tem participado do meu trabalho como tradutor. Já faz hoje quase meio século desde que, juntos, passamos dois anos em Viena, em análise com Freud, e desde que, decorridas apenas algumas semanas de análise, ele, de repente, nos instruiu a fazer uma tradução de um trabalho que escrevera havia pouco tempo - “Ein Kind wird geschlagen” -, tradução que agora faz parte, aqui, do Volume XVII. No presente empreendimento, ela me prestou ajuda constante, por sua imparcialidade tanto na aprovação como na crítica, e ela pôde ajudar-me a atravessar alguns períodos de dificuldade física, quando parecia absurdo imaginar que um dia a Standard Edition pudesse ser concluída.

JAMES STRACHEY

MARLOW, 1966

RELATÓRIO SOBRE MEUS ESTUDOS EM PARIS E BERLIM (1956 [1886])

 

 

NOTA DO EDITOR INGLÊS

 

BERICHT ÜBER MEINE MIT UNIVERSITÄTS-JUBILÄUMS REISESTIPENDIUM UNTERNOMMENE STUDIENREISE NACH PARIS UND BERLIN

 

(a) EDIÇÃO ALEMÃ:

(1886 Data de redação.)

1960 Em Sigmund Freuds akademische Laufbahn im Lichte der Dokumente, de J. e R. Gicklhorn, 82, Viena.

 

(b) TRADUÇÃO INGLESA:“Report on my Studies in Paris and Berlin”

1956 Int. J. Psycho-Anal., 37 (1), 2-7, (Trad. de James Strachey.)

 

A presente tradução inglesa é uma reimpressão ligeiramente corrigida da publicada em 1956.

O relatório com que apropriadamente tem início a Standard Edition das Obras Psicológicas de Freud é um relato contemporâneo que seu protagonista faz de um evento histórico: o desvio dos interesses científicos de Freud da neurologia para a psicologia.

As circunstâncias em que, em 1885, Freud obteve da Universidade de Viena uma bolsa de estudos para viajar estão detalhadamente relatadas por Ernest Jones (1953, 82-4). A subvenção, no valor de 600 florins (que, naquele tempo, equivaliam a pouco menos de £ 50 ou US$ 250) e destinada a cobrir um período de seis meses, foi concedida pelo Colégio de Professores da Faculdade de Medicina: e esperava-se que Freud lhes fizesse um relatório formal quando de seu regresso a Viena. Ele passou cerca de dez dias escrevendo esse relatório, quase que imediatamente após seu retorno, havendo-o concluído em 22 de abril de 1886. (Jones, ibid., 252.) Por iniciativa de Siegfried Bernfeld, esse relatório foi descoberto nos Arquivos da Universidade pelo Professor Josef Gicklhorn, o que possibilitou sua publicação - primeiramente em inglês - setenta anos depois de ter sido escrito, por gentileza do Dr. K. R. Eissler, Secretário dos Arquivos Sigmund Freud em Nova Iorque. O original, que se encontra nos Arquivos da Universidade de Viena, consiste em doze folhas manuscritas, das quais a primeira contém apenas o título.

É de conhecimento geral a importância que o próprio Freud sempre atribuiu aos seus estudos com Charcot. Esse relatório mostra com a maior clareza que suas experiências no Salpêtrière constituíram um momento de decisão. Quando chegou a Paris, seu “tema de eleição” era a anatomia do sistema nervoso; ao partir, sua mente estava povoada com os problemas da histeria e do hipnotismo. Dera as costas à neurologia e se voltava para a psicopatologia. Seria até mesmo possível assinalar uma data precisa para a mudança - princípio de dezembro de 1885, quando terminou seu trabalho no laboratório de patologia do Salpêtrière; contudo, a incômoda organização daquele laboratório, que o próprio Freud apresenta como explicação, naturalmente não foi outra coisa senão uma causa precipitante da momentosa mudança de direção nos interesses de Freud. Outros fatores mais profundos estiveram em ação e, entre eles, sem dúvida a grande influência pessoal que Charcot naturalmente exercia sobre ele. Freud expressou de forma mais plena sua consciência dessa influência no obituário que escreveu por ocasião da morte de seu professor, alguns anos mais tarde (1893f). Com efeito, muito do que ele diz de Charcot neste relatório encontrou lugar em seu estudo posterior.

Um relato mais pessoal da estada de Freud em Paris encontra-se na série de vívidas cartas que escreveu à sua futura mulher, muitas das quais estão incluídas no volume de sua correspondência organizado por Ernst Freud (1906a).

 

 

O RELEITOR ( MATTANÓ):

Sobre Osny Mattanó Júnior há de se explicar que seu interesse pela psicologia e pela psicanálise começou em 1991 nas aulas do curso de Comunicação Social (habilitação em Relações Públicas) com a Professora Sônia Weill na Universidade Estadual de Londrina no Brasil, em Londrina, no Paraná, lá ele conheceu as teorias de Reich, Freud e Jung e outros autores, quando teve a ideia a partir das couraças de teoria de Reich e das zonas erógenas de Freud, de sugerir para si mesmo, uma Pulsão Auditiva e nada mais. Ele guardou essa ideia por 5 anos e a alimentou numa aula do curso de Psicologia com a Professora Denise Dal Coll que foi questionada por ele se existia ou não uma Pulsão Auditiva quando um bebê escuta em vez de ¨hare-hama¨ assim, ¨dare-mama¨ ou ¨dare-mamá¨, a Professora Denise Dal Coll jamais lhe deu uma resposta e já lhe disse que jamais ouviu essa pergunta dele no final da aula! O jovem Osny Mattanó Júnior começava sua jornada interior, sua luta contra seus monstros, seus heróis estavam se esquivando e ele estava se tornando um escravo da lavagem cerebral.

 

Para a Psicanálise da Leitura ao abordar história sobre Osny Mattanó Júnior, há de se explicar, que seu interesse pela psicologia e pela psicanálise, começou em 1991, nas aulas do curso de Comunicação Social (habilitação em Relações Públicas) com a Professora Sônia Weill na Universidade Estadual de Londrina no Brasil, em Londrina, no Paraná, lá ele conheceu as teorias de Reich, Freud e Jung e outros autores, quando teve a ideia a partir das couraças de teoria de Reich e das zonas erógenas de Freud, de sugerir para si mesmo, uma Pulsão Auditiva e nada mais. Ele guardou essa ideia por 5 anos e a alimentou numa aula do curso de Psicologia com a Professora Denise Dal Coll que foi questionada por ele se existia ou não uma Pulsão Auditiva quando um bebê escuta em vez de ¨hare-hama¨ assim, ¨dare-mama¨ ou ¨dare-mamá¨, a Professora Denise Dal Coll jamais lhe deu uma resposta e já lhe disse que jamais ouviu essa pergunta dele no final da aula! O jovem Osny Mattanó Júnior começava sua jornada interior, sua luta contra seus monstros, seus heróis estavam se esquivando e ele estava se tornando um escravo da lavagem cerebral. Aqui o herói é chamado a sua aventura e percebe que pode ter dificuldades, aceitando-a ou rejeitando-a, contudo surgem ajudas impossíveis e amuletos Sagrados que o ajudam a lutar contra os monstros, demônios e perigos do meio ambiente, amuletos estes, do seu caminho, crucifixos e livros didáticos, donde tem então que encarar seu desafio e vencê-lo para não ser consumido pelo seu desafio, surge então a oportunidade de trazer uma mensagem de reconciliação e de bem-aventurança para sua comunidade, percebendo que ele, o herói, faz parte dessa mensagem e que tem o papel de transformar a consciência, a cultura, o conhecimento e a realidade da sua comunidade, terminando com uma grande apoteose celebrada com um grande rito de liberdade para viver e para se ensinar a viver, por exemplo, a liberdade e a dignidade ou o crescimento e o desenvolvimento individual através da educação com suas ferramentas e recursos técnicos como os ¨avatares¨, os ¨dramas¨, os ¨personagens dos dramas e das representações¨, a ¨inspiração e o encorajamento¨, a ¨moralidade e a ética¨, a ¨unidade e a identidade¨, a ¨justiça e a equidade¨, a ¨misericórdia e a compaixão¨, a ¨humildade e a submissão¨, a ¨responsabilidade individual¨ e a ¨igualdade e a fraternidade¨ um modelo para adquirir e ampliar o repertório comportamental individual e coletivo, quando ritualizado para fins de crescimento e desenvolvimento individual, de modo que passe a assimilar e acomodar um estilo de vida construído na Leitura da sua própria personalidade, vida sócio-histórica, recalcada, familiar, infantil, doméstica, comportamental, social, escolar, trabalhista, institucional, religiosa, afetiva, matrimonial e espiritual.

 

MATTANÓ

(18/08/2025)

 

 

 

 

 

 

 

 

RELATÓRIO SOBRE MEUS ESTUDOS EM PARIS E BERLIM

 

EFETUADOS COM O AUXÍLIO DE UMA BOLSA

DE ESTUDOS CONCEDIDA PELO FUNDO DOJUBILEU UNIVERSITÁRIO

(OUTUBRO DE 1885 - FIM DE MARÇO DE 1886)

por

  1. SIGMUND FREUD

Docente de Neuropatologia da Universidade de Viena

Ao Emérito Colégio de Professores da Faculdade de Medicina de Viena.

 

Quando me candidatei ao prêmio da Bolsa de Estudos do Fundo do Jubileu Universitário, referente ao ano de 1885-6, expressei minha intenção de me dirigir ao Hospice de la Salpêtrière, em Paris, e de ali continuar meus estudos de neuropatologia. Diversos fatores contribuíram para essa escolha. Em primeiro lugar, havia a certeza de encontrar reunido no Salpêtrière um grande acervo de material clínico que, em Viena, só se pode encontrar disperso por diferentes departamentos, não sendo, portanto, de fácil acesso. Além disso, havia o grande renome de J.-M. Charcot, que há dezessete anos vem trabalhando e lecionando em seu hospital. Por fim, fui levado a refletir que nada de essencialmente novo poderia esperar aprender numa universidade alemã, depois de haver usufruído do ensino direto e indireto, em Viena, dos professores T. Meynert e H. Nothnagel. A escola francesa de neuropatologia, por outro lado, parecia-me prometer algo diferente e característico de sua maneira de trabalhar, além de haver ingressado em novas áreas da neuropatologia que não tinham sido abordadas de forma parecida pelos cientistas da Alemanha e da Áustria. Em decorrência da escassez de qualquer contato pessoal estimulante entre médicos franceses e alemães, as descobertas da escola francesa - algumas (sobre hipnotismo) deveras surpreendentes e outras (sobre histeria) de importância prática - foram recebidas, em nossos países, mais com dúvidas do que com reconhecimento e crédito; e os pesquisadores franceses, sobretudo Charcot, viram-se submetidos à acusação de terem uma reduzida capacidade crítica ou, pelo menos, de se inclinarem a estudar material raro e estranho e de dramatizarem seu trabalho com esse material. Por conseguinte, quando o emérito Colégio de Professores me distinguiu com o prêmio da bolsa de estudos, com alegria agarrei a oportunidade, que assim me era oferecida, de formar um julgamento sobre esses fatos baseado na minha própria experiência, e senti-me feliz, ao mesmo tempo, por estar em situação de pôr em prática a sugestão que me dera meu respeitado mestre, Professor von Brücke.

Quando me encontrava em visita a Hamburgo, durante as férias, fui recebido com muita amabilidade pelo Dr. Eisenlohr, renomado representante da neuropatologia naquela cidade. Ele me possibilitou examinar um considerável número de pacientes nervosos no Hospital Geral e no Hospital Heine, e também me deu acesso ao Hospital Mental de Klein-Friedrichsberg. Mas os estudos de que me ocupo neste Relatório começaram com minha chegada a Paris, na primeira quinzena de outubro, no início do ano acadêmico.

O Salpêtrière, que foi o primeiro local que visitei, é um amplo conjunto de edifícios que, por seus prédios de dois andares dispostos em quadriláteros, assim como por seus pátios e jardins, lembra muito o Hospital Geral de Viena. Com o passar do tempo, o Salpêtrière serviu a finalidades muito diferentes, e seu nome (assim como a nossa “Gewehrfabrik”) provém da primeira dessas finalidades. Os edifícios foram, afinal, convertidos em lar de mulheres idosas (“Hospice pour la vieilesse (femmes)”, [1813]) e proporcionam asilo a cinco mil pessoas. A natureza das circunstâncias fez com que as doenças nervosas crônicas viessem a figurar nesse material clínico com especial freqüência; e os antigos “médicins des hôpitaux” da instituição (Briquet,por exemplo) tinham começado a fazer um estudo científico dos pacientes. Mas o trabalho não pôde prosseguir de modo sistemático por causa do costume existente entre os “médicins des hôpitaux” franceses de mudarem freqüentemente de hospital e, ao mesmo tempo, trocarem o ramo especial da medicina que estão estudando, até que sua carreira os conduza ao grande hospital clínico do Hôtel-Dieu. Mas J.-M. Charcot, quando era “interne” no Salpêtrière, em 1856, percebeu ser necessário fazer das doenças nervosas crônicas o tema de um estudo constante e exclusivo; resolveu retornar ao Salpêtrière como ‘’médicin des hôpitaux‘’ e, depois, jamais abandonar esse hospital. Charcot modestamente declara que seu único mérito consiste em ter executado esse plano. A natureza favorável do material à sua disposição levou-o a estudar as doenças nervosas crônicas e sua base anatomopatológica; durante uns doze anos, deu aulas de clínica, como professor voluntário, sem ter qualquer cargo oficial, até que finalmente, em 1881, foi instituída no Salpêtrière uma cátedra de Neuropatologia, confiada a ele.

Essa nomeação produziu modificações de grande alcance nas condições em que trabalhavam Charcot e seus discípulos (que, nesse meio tempo, tinham-se tornado numerosos). Ao material permanente presente no Salpêtrière acrescentou-se um complemento essencial, quando foi fundada uma seção clínica, na qual eram internados para tratamento pacientes tanto masculinos como femininos selecionados a partir das consultas semanais realizadas num departamento de pacientes de ambulatório (“consultation externe”). Havia ainda, à disposição do professor de neuropatologia, um laboratório destinado a estudos de anatomia e fisiologia, um museu de patologia, um estúdio de fotografia e preparação de moldes de gesso, um gabinete de oftalmologia e um instituto de eletricidade e hidropatia. Estavam localizados em diferentes partes do grande hospital e possibilitavam ao diretor assegurar-se da permanente cooperação de alguns de seus discípulos, que eram encarregados desses departamentos.

O homem que chefia toda essa organização e seus serviços auxiliares tem, atualmente, a idade de sessenta anos. Possui a vivacidade, a jovialidade e a perfeição formal no falar que costumamos atribuir ao caráter da nacionalidade francesa; ao mesmo tempo, mostra a paciência e o amor pelo trabalho que geralmente atribuímos aos de nossa nação. A atração exercida por semelhante personalidade logo me levou a limitar minhas visitas a um único hospital e a buscar os ensinamentos de um único homem. Abandonei minhas eventuais tentativas de assistir a outras conferências, depois de haver-me convencido de que tudo o que elas tinham a me oferecer eram, na sua maior parte, peças de retórica bem construídas. As únicas exceções eram as autópsias e conferências forenses do Professor Brouardel no Necrotério, que eu raramente perdia.

No Salpêtrière, meu trabalho assumiu uma forma diferente daquela que eu, de início, tinha estabelecido para mim mesmo. Eu havia chegado com a intenção de fazer de uma única pergunta, objeto de uma cuidadosa investigação; e como, em Viena, o assunto eleito por mim eram os problemas anatômicos, tinha escolhido o estudo das atrofias e degenerações secundárias que se seguem às afecções do cérebro nas crianças. Um material patológico extremamente valioso estava à minha disposição; achei, todavia, que as condições para me utilizar dele eram muitíssimo desfavoráveis. O laboratório de modo algum oferecia condições para receber um pesquisador de fora, e esse espaço e esses recursos, tal como existiam, haviam-se tornado inacessíveis devido à falta de qualquer espécie de organização. Assim sendo, vi-me obrigado a desistir do trabalho com a anatomia e a me contentar com uma descoberta referente às relações dos núcleos da coluna posterior da “medulla oblongata”. Depois, porém, tive oportunidade de retomar pesquisas semelhantes com o Dr. von Darkschewitsch (de Moscou), e nossa colaboração possibilitou uma artigo publicado nos Neurologisches Centralblatt (1886, 5, 212), que teve por título “Über die Beziehung des Strickkörpers zum Hinterstrang und Hinterstragskern nebst Bemerkungen über zwei Felder der Oblongata”.

 

Contrastando com a inadequação do laboratório, a clínica do Salpêtrière proporcionava tal abundância de material novo e interessante que eram necessários todos os meus esforços para me beneficiar do ensino que essa oportunidade favorável me oferecia. O horário da semana era dividido como se segue. Na segunda-feira, Charcot dava sua aula teórica, que encantava os ouvintes pela perfeição de sua forma, ao mesmo tempo que o tema da aula era conhecido a partir do trabalho da semana anterior. O que essas aulas ofereciam não era tanto um ensino elementar de neuropatologia sob a forma de informações, mas, antes, as mais recentes pesquisas do Professor; e elas produziam efeito principalmente em virtude de suas constantes referências aos pacientes que estavam sendo examinados. Na terça-feira, Charcot realizava a “consultation externe”, na qual seus assistentes lhe apresentavam para exame os casos típicos ou difíceis, selecionados dentre o grande número dos que compareciam ao departamento de ambulatório. Às vezes, era desanimador quando o grande homem deixava algum desses casos, para usar sua própria expressão, afundar “no caos de uma nosografia ainda desconhecida”; outros, contudo, lhe davam a oportunidade de usá-los como ponto de partida para os mais instrutivos comentários sobre uma ampla variedade de questões de neuropatologia. As quartas-feiras eram, em parte, dedicadas aos exames oftalmológicos, que o Dr. Parinaud efetuava na presença de Charcot. Nos demais dias da semana, Charcot percorria as enfermarias, ou continuava as pesquisas que estivesse empreendendo na ocasião, examinando, para esse fim, pacientes em seu consultório.

Tive, assim, oportunidade de ver um grande número de pacientes, de examiná-los e de ouvir a opinião de Charcot a respeito deles. O que me parece ter tido maior valor do que essa efetiva aquisição de experiência foi, no entanto, o estímulo que recebi, durante os cincos meses que passei em Paris, do meu constante contato científico e pessoal com o Professor Charcot.

No que diz respeito ao contato científico, certamente não me foi dada preferência em relação a qualquer outro estrangeiro. Pois a clínica era acessível a qualquer médico que se apresentasse, e o trabalho do Professor era executado abertamente, cercado de todos os jovens que atuavam como seus assistentes, assim como dos médicos estrangeiros. Parecia que ele, por assim dizer, trabalhava conosco, pensava em voz alta e esperava que os discípulos lhe apresentassem objeções. Todo aquele que assim desejasse podia entrar na discussão, e nenhum comentário passava despercebido ao grande homem. A informalidade que prevalecia no relacionamento e a maneira como cada um era tratado, com cortesia e em condições de igualdade - o que constituía surpresa para os visitantes estrangeiros -, facilitavam a situação, de modo que até os mais tímidos tinham a mais viva participação nos exames de Charcot. Podia-se verificar a maneira como ele, inicialmente, ficava indeciso em face de alguma nova manifestação difícil de interpretar; podia-se seguir os caminhos pelos quais se esforçava por chegar a uma compreensão; podia-se estudar o modo como avaliava as dificuldades e as vencia; e podia-se observar, com surpresa, que ele nunca se cansava de observar o mesmo fenômeno, até que seus esforços repetidos e sem prevenções lhe permitissem chegar a uma visão correta de seu significado. Quando, além de tudo isso, acode à lembrança a total sinceridade manifestada pelo Professor durante essas sessões, compreende-se por que o autor deste relatório, assim como aconteceria com qualquer outro estrangeiro em situação semelhante, deixou o Salpêtrière com irrestrita admiração por Charcot.

Charcot costumava dizer que, falando de modo geral, o trabalho da anatomia estava encerrado e que a teoria das doenças orgânicas do sistema nervoso podia ser dada como completa: o que precisava ser abordado a seguir eram as neuroses. Sem dúvida, essa afirmação pode ser considerada como nada além da expressão do rumo tomado por suas próprias atividades. Por muitos anos, então, seu trabalho centralizou-se quase por completo nas neuroses, principalmente na histeria, que, desde o início das atividades do departamento de ambulatório e da clínica, ele teve oportunidade de estudar tanto nos homens como nas mulheres.

Tentarei resumir em poucas palavras o que Charcot realizou no estudo clínico da histeria. Até o presente, dificilmente se pode considerar a palavra histeria como um termo com significado bem definido. O estado mórbido a que se aplica tal nome caracteriza-se cientificamente apenas por sinais negativos; tem sido estudado escassa e relutantemente; e carrega a ira de alguns preconceitos muito difundidos. Entre estes estão a suposição de que a doença histérica depende de irritação genital, o ponto de vista de que nenhuma sintomatologia definida pode ser atribuída à histeria simplesmente porque nela pode ocorrer qualquer combinação de sintomas e, finalmente, a exagerada importância dada à simulação no quadro clínico da histeria. Durante as últimas décadas, é quase certo que uma mulher histérica seria tratada como simuladora, do mesmo modo que, em séculos anteriores, certamente seria julgada e condenada como feiticeira ou possuída pelo demônio. Sob outro aspecto, é possível que até se tenha dado um passo atrás no conhecimento da histeria. A Idade Média estava familiarizada de modo preciso com os “estigmas” da histeria, seus sinais somáticos, e os interpretava e utilizava à sua própria maneira. No departamento de ambulatório, em Berlim, contudo, verifiquei que esses sinais somáticos da histeria eram praticamente desconhecidos e que, em geral, quando se fazia um diagnóstico de “histeria”, parecia estar eliminada qualquer motivação para se obter mais algum informe a respeito do paciente.

Em seu estudo da histeria, Charcot partiu dos casos mais completamente desenvolvidos, que ele considerava como tipos perfeitos da doença. Começou por reduzir a conexão entre a neurose e o sistema genital a suas proporções corretas, demonstrando a insuspeitada freqüência dos casos de histeria masculina e, especialmente, de histeria traumática. Nesses casos típicos, ele encontrou a seguir numerosos sinais somáticos (tais como a natureza do ataque, a anestesia, os distúrbios da visão, os pontos histerógenos etc.), que lhe possibilitaram estabelecer com segurança o diagnóstico da histeria, com base em indicações positivas. Estudando cientificamente o hipnotismo - área da neuropatologia que teve que ser arrancada, de um lado, do ceticismo e, de outro, do embuste -, Charcot chegou a uma espécie de teoria da sintomatologia histérica. Teve a coragem de reconhecer esses sintomas como sendo, na sua maior parte, reais, sem negligenciar as precauções exigidas pela insinceridade do paciente. A experiência, que aumentou rapidamente com o excelente material, logo lhe possibilitou levar em conta também as variantes do quadro típico. À época em que fui obrigado a deixar a clínica, ele estava passando do estudo das paralisias e artralgias histéricas para o das atrofias histéricas, de cuja existência só conseguiu convencer-se durante os últimos dias de minha visita.

 

A enorme importância prática da histeria masculina (que geralmente não é reconhecida) e, em particular, a histeria que se segue a um trauma foi ilustrada por ele como o caso de um paciente que, durante cerca de três meses, constituiu o ponto central dos estudos de Charcot. Assim, por meio de seu trabalho, a histeria foi retirada do caos das neuroses, diferençada de outros estados de aparência semelhante, e a ela se atribuiu uma sintomatologia que, embora extremamente multiforme, tornava impossível duvidar de que imperassem nela uma lei e uma ordem. Tive uma animada troca de opiniões com o Professor Charcot (tanto oralmente como por escrito) sobre os pontos de vista oriundos de suas investigações. Isso me levou a preparar um artigo que está por ser publicado nos Archives de Neurologie e que tem como título “Vergleichung der hysterischen mit der organischen Symptomatologie”.

Neste ponto, devo observar que a disposição de considerar as neuroses provenientes de trauma (“railway spine”) como histeria encontrou decidida oposição por parte de autoridades alemãs, especialmente do Dr. Thomsen e do Dr. Oppenheim, médicos assistentes do Charité, de Berlim. Conheci pessoalmente a ambos, mais tarde, em Berlim, e esperava ter a oportunidade de verificar se sua oposição era justificada. Infelizmente, porém, os pacientes em questão já não se encontravam mais no Charité. Fiquei, todavia, com a impressão de que a questão não está madura para uma decisão, mas que Charcot acertadamente começara por abordar os casos típicos e mais simples, ao passo que seus adversários alemães partiram do estudo de exemplos indeterminados e mais complexos. Em Paris, contestou-se a afirmação de que formas tão graves de histeria como aquelas em que Charcot baseou seu trabalho não ocorriam na Alemanha; chamou-se atenção para os relatos históricos de epidemias semelhantes e insistiu-se na identidade da histeria em qualquer época e lugar.

 

Também não perdi a ocasião de adquirir um conhecimento pessoal dos fenômenos do hipnotismo, que são tão surpreendentes e aos quais se dá tão pouco crédito, e, em especial, do “grand hypnotisme” [“grande hipnotismo”] descrito por Charcot. Com surpresa, verifiquei que nessa área determinadas coisas aconteciam abertamente diante dos nossos olhos e que era quase impossível duvidar delas; assim mesmo, eram tão estranhas que não se podia acreditar nelas, a menos que delas se tivesse uma experiência pessoal. Contudo, não vi nenhum sinal de que Charcot mostrasse qualquer preferência especial por material raro e estranho, ou de que tentasse explorá-lo para fins místicos. Pelo contrário, considerava o hipnotismo uma área de fenômenos que ele submetia à descrição científica, tal como fizera, muitos anos antes, com a esclerose múltipla ou com a atrofia muscular progressiva. Não me parecia em absoluto que ele fosse um desses homens que se mostram mais encantados com aquilo que é raro do que com aquilo que é comum; e a tendência geral de sua mente leva-me a supor que ele não consegue descansar enquanto não descreve e classifica corretamente algum fenômeno que o interesse, mas dorme tranqüilamente sem ter chegado à explicação fisiológica do fenômeno em questão.

Neste Relatório, dediquei espaço considerável aos comentários sobre a histeria e o hipnotismo, porque tive de abordar aquilo que era totalmente novo e que foi objeto dos estudos específicos de Charcot. Embora me tenha referido menos às doenças orgânicas do sistema nervoso, não gostaria que se supusesse que vi pouco ou nada a respeito delas. Mencionarei apenas alguns dos casos particularmente interessantes em meio à riqueza do notável material apresentado. Entre estes estavam, por exemplo, as formas de atrofia muscular hereditária, recentemente descritas pelo Dr. Marie; embora estas não mais sejam incluídas entre as doenças do sistema nervoso, ainda estão sob os cuidados dos neuropatologistas. Devo mencionar também os casos da doença de Ménière, de esclerose múltipla, de tabes, com todas as suas complicações, particularmente acompanhada pela doença das articulações descrita por Charcot, da epilepsia parcial e de outras formas de doença que compõem o acervo de material das clínicas e dos ambulatórios de doenças nervosas. Entre as doenças funcionais (exceto a histeria), a coréia e as diversas formas de “tiques” (por exemplo, a doença de Gilles de la Tourette) estavam recebendo atenção especial durante a época em que freqüentei aquele serviço.

 

Quando tomei conhecimento de que Charcot tencionava publicar uma nova coletânea de suas conferências, ofereci-me para fazer uma tradução alemã; graças a essa tarefa, entrei em contato pessoal mais próximo com o Professor Charcot e também pude prolongar minha estada em Paris além do período coberto por minha bolsa de estudos. Essa tradução está por ser publicada em Viena, em maio do corrente ano, pela editora de Toeplitz e Deuticke.

Por fim, devo mencionar que o Professor Ranvier, do Collège de France, revelou-se extremamente gentil ao mostrar-me suas excelentes preparações de células nervosas e neuróglia.

Minha estada em Berlim, que se estendeu de 1º de março até o fim do mesmo mês, deu-se durante o período de férias. Ainda assim, tive muitas oportunidades de examinar crianças que sofriam de doenças nervosas nas clínicas de pacientes externos dos professores Mendel e Eulenburg e do Dr. A. Baginsky, tendo sido muito bem recebido em todos os lugares. As repetidas visitas ao Professor Munk e ao laboratório de agricultura do Professor Zuntz (onde me encontrei com o Dr. Loeb, de Estrasburgo) possibilitaram-me formar opinião própria acerca da controvérsia entre Goltz e Munk quanto à questão da localização do sentido da visão no córtex cerebral. O Dr. B. Baginsky, do laboratório de Munk, teve a gentileza de demonstrar para mim suas preparações do trajeto do nervo acústico e de solicitar minha opinião a respeito delas.

 

Considero meu dever apresentar meus mais calorosos agradecimentos ao Colégio de Professores da Faculdade de Medicina de Viena por me haver escolhido para o prêmio da bolsa de estudos. Com isso, o Colégio (no qual estão incluídos todos os meus respeitados mestres) concedeu-me a possibilidade de adquirir conhecimentos valiosos, dos quais espero fazer uso como Docente de doenças nervosas, assim como na minha atividade médica.

VIENA, Páscoa de 1886

 

 

O RELEITOR ( MATTANÓ):

Osny Mattanó Júnior enfrentou para estudar na UEL graves problemas de saúde, e grandes problemas sociais ocasionados pela telepatia que lhe ocorria sem discernimento e sem conhecimento, foi cercado por ¨olheiros¨ que tinham diferentes intenções que hoje aparecem no horizonte dos nossos destinos, de cada uma personagem dessa história; esses movimentos causaram doenças biológicas e psicológicas no autor deste livro, Osny Mattanó Júnior, foi vítima de tortura, violência, abuso sexual e de lavagem cerebral na UEL como aluno, como comunidade ou usuário dos seus serviços e como funcionário; seus estudos foram marcados por muita violência e por uma ¨guerra sexual telepática extremamente violenta¨ ou uma ¨guerra de lavagem cerebral muito violenta¨ em 1995, 1998 e 1999 na UEL onde ele era o alvo pois não conhecia a ¨guerra¨, como ela acontecia, sua manifestação, a manipularam sem seu entendimento e sem seu saber, manipularam sua psique, comportamento e relações sociais de forma violenta e imoral com lavagem cerebral a fim de expulsá-lo da UEL por discriminarem-no, por julgarem-no corrupto e culpado, mas era vítima de tentativa de estupro e de tortura e de outros crimes, isto o inocentou e incriminou aos responsáveis que se associavam aos mass mídia e seus beneficiários numa longa lavagem cerebral e tortura contra ele e sua família. Sua formação foi marcada pela violência, pela dor e pelo ódio, pela raiva, pela imoralidade, pelo isolamento e pela discriminação, pela exclusão social, fenômenos que se reproduzem até hoje na forma de traumas na mente e no comportamento de Osny Mattanó Júnior.

 

MATTANÓ

(23/02/2018)

 

 

Para a Psicanálise da Leitura Osny Mattanó Júnior enfrentou para estudar na UEL graves problemas de saúde, e grandes problemas sociais ocasionados pela telepatia que lhe ocorria sem discernimento e sem conhecimento, foi cercado por ¨olheiros¨ que tinham diferentes intenções que hoje aparecem no horizonte dos nossos destinos, de cada uma personagem dessa história; esses movimentos causaram doenças biológicas e psicológicas no autor deste livro, Osny Mattanó Júnior, foi vítima de tortura, violência, abuso sexual e de lavagem cerebral na UEL como aluno, como comunidade ou usuário dos seus serviços e como funcionário; seus estudos foram marcados por muita violência e por uma ¨guerra sexual telepática extremamente violenta¨ ou uma ¨guerra de lavagem cerebral muito violenta¨ em 1995, 1998 e 1999 na UEL onde ele era o alvo pois não conhecia a ¨guerra¨, como ela acontecia, sua manifestação, a manipularam sem seu entendimento e sem seu saber, manipularam sua psique, comportamento e relações sociais de forma violenta e imoral com lavagem cerebral a fim de expulsá-lo da UEL por discriminarem-no, por julgarem-no corrupto e culpado, mas era vítima de tentativa de estupro e de tortura e de outros crimes, isto o inocentou e incriminou aos responsáveis que se associavam aos mass mídia e seus beneficiários numa longa lavagem cerebral e tortura contra ele e sua família. Sua formação foi marcada pela violência, pela dor e pelo ódio, pela raiva, pela imoralidade, pelo isolamento e pela discriminação, pela exclusão social, fenômenos que se reproduzem até hoje na forma de traumas na mente e no comportamento de Osny Mattanó Júnior. Nota-se que Osny Mattanó Júnior teve que desenvolver sua atitude de herói e foi através desta que conseguiu resolver seus problemas com a Universidade Estadual de Londrina. Aqui o herói foi chamado a sua aventura e percebeu que podia ter dificuldades, aceitando-a ou rejeitando-a, contudo surgiram ajudas impossíveis e amuletos Sagrados que o ajudaram a lutar contra os monstros, demônios e perigos do meio ambiente, amuletos estes, do seu caminho, crucifixos e livros didáticos, donde tem então que encarar seu desafio e vencê-lo para não ser consumido pelo seu desafio, surge então a oportunidade de trazer uma mensagem de reconciliação e de bem-aventurança para sua comunidade, percebendo que ele, o herói, faz parte dessa mensagem e que tem o papel de transformar a consciência, a cultura, o conhecimento e a realidade da sua comunidade, terminando com uma grande apoteose celebrada com um grande rito de liberdade para viver e para se ensinar a viver, por exemplo, a liberdade e a dignidade ou o crescimento e o desenvolvimento individual através da educação com suas ferramentas e recursos técnicos como os ¨avatares¨, os ¨dramas¨, os ¨personagens dos dramas e das representações¨, a ¨inspiração e o encorajamento¨, a ¨moralidade e a ética¨, a ¨unidade e a identidade¨, a ¨justiça e a equidade¨, a ¨misericórdia e a compaixão¨, a ¨humildade e a submissão¨, a ¨responsabilidade individual¨ e a ¨igualdade e a fraternidade¨ um modelo para adquirir e ampliar o repertório comportamental individual e coletivo, quando ritualizado para fins de crescimento e desenvolvimento individual, de modo que passe a assimilar e acomodar um estilo de vida construído na Leitura da sua própria personalidade, vida sócio-histórica, recalcada, familiar, infantil, doméstica, comportamental, social, escolar, trabalhista, institucional, religiosa, afetiva, matrimonial e espiritual. Aqui o herói se tranforma num modelo para sua comunidade ou sociedade, inclusive sua família que pode adquirir as propriedades da aventura do nosso herói, ou seja, da Trajetória da Vida e dos Heróis, ganhando aspecto divinal ou endemoniado, até mesmo doentio e persecutório ou paranóico, depressivo, obsessivo-compulsivo, de pânico, de hipererosia, de sociopatia, de maníaco, etc., devido as propriedades comportamentais e inconscientes, inclusive sociais e domésticas, infantis, familiares e recalcadas que são evocadas e trabalhadas coletivamente, através de rituais que fazem o trabalho de levar para frente a aventura e a Trajetória da Vida do nosso Herói, para que ele adquira crescimento e desenvolvimento individual com base na Leitura da sua própria personalidade e vida, bem como no mundo e na realidade virtuais tem sede na topografia virtual cerebral occipital e coclear que permite a visualização e a audição ou escuta dos eventos do Livro Sagrado, o Alcorão, e o seu entendimento, num plano meramente biológico e físico, psicológico e inconsciente, inclusive subconsciente e consciente, cultural, rico em conhecimento e em realidade através do tronco cerebral, do tálamo que produz imagens em movimento e do córtex cerebral que promove a discriminação das sensações e percepções, por exemplo. Pois o cérebro se interconecta e se interconecta com o corpo que também promove mudanças ou alterações na mente e no comportamento através do seu equilíbrio homeostático que funciona avaliando o prazer e o reforço de um lado, e do outro a dor e a punição, de modo a controlar o funcionamento cerebral e corporal, toda sua interconectividade. É esta interconectividade quem seleciona através da educação e suas ferramentas e recursos técnicos como os ¨avatares¨, os ¨dramas¨, os ¨personagens dos dramas e das representações¨, a ¨inspiração e o encorajamento¨, a ¨moralidade e a ética¨, a ¨unidade e a identidade¨, a ¨justiça e a equidade¨, a ¨misericórdia e a compaixão¨, a ¨humildade e a submissão¨, a ¨responsabilidade individual¨ e a ¨igualdade e a fraternidade¨, um modelo para adquirir e ampliar o repertório comportamental individual e coletivo, como forma de solucionar problemas, justamente da Trajetória da Vida e dos Heróis, de modo a maximizar o comportamento do indivíduo ou comunidade, ou seja, diminuindo os custos e aumentando os benefícios, para uma adaptação comportamental, fisiológica e morfológica satisfatória, evolutiva, seletiva e competitiva entre espécies e indivíduos da mesma espécie,visando sua sobrevivência e reprodução sexual e cultural, senão também espiritual, devido a grandeza e a importância do Alcorão na vida dos seus seguidores.

 

MATTANÓ

(19/08/2025)