69.OBRAS COMPLETAS DE SIGMUND FREUD NUMA RELEITURA DE OSNY MATTANÓ JÚNIOR VOL. 8 (2025) - A PSICANÁLISE DO AMOR VOL. 8 (2025).
Obras Completas de Sigmund Freud numa releitura de Osny Mattanó Júnior
A Psicanálise do Amor
Os chistes e sua relação com o inconsciente
VOLUME VIII
(1905)
Dr. Sigmund Freud
(08/05/2025)
PREFÁCIO DO EDITOR
DER WITZ UND SEINE BEZIEHUNG ZUM UNBEWUSSTEN
(a) EDIÇÕES ALEMÃS:
1905 Leipzig e Viena: Deuticke, Pp. ii + 206.
1912 2ª ed. Mesmos editores. (Com alguns pequenos acréscimos.) Pp. iv + 207.
1921 3ª ed. Mesmos editores. (Inalterada.) Pp. iv + 207.
1925 4ª ed. Mesmos editores. (Inalterada.) Pp. iv + 207.
1925 G.S., 9, 1-269. (Inalterada.)
1940 G.W., 6, 1-285. (Inalterada.)
(b) TRADUÇÃO INGLESA:
Wit and its relation to the Unconscious
1916 New York: Moffat, Yard. Pp. ix + 388. (tr. A. A. Brill.) (1917, 2ª ed.)
1917 London: T. Fisher Unwin. Pp. ix + 388. (Como acima.)
1922 London: Kegan Paul. (Reimpressão da anterior.)
1938 In The Basic Writings of Sigmund Freud. Pp. 633-803.
New York: Random House. (Mesma tradução.)
A presente tradução, inteiramente nova, com o título Jokes and their Relation to the Unconscious (Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente), é de James Strachey.
No curso da discussão da relação entre os chistes e os sonhos, Freud menciona sua própria ‘razão subjetiva para dedicar-se ao problema dos chistes’ (Ver em [1].) Era esta, em poucas palavras, o fato de que Wilhelm Fliess se queixara de que os sonhos estavam por demais cheios de chistes, ao ler as provas de A Interpretação de Sonhos no outono de 1899. O episódio já fora narrado em uma nota de rodapé à 1ª edição da própria A Interpretação de Sonhos (1900a) (ver em [1] e [2]); podemos, agora, datá-lo exatamente, pois dispomos da carta em que Freud replicava à queixa de Fliess. Foi escrita a 11 de setembro de 1899, de Berchtesgaten, onde foram dados os toques finais ao livro, e anuncia que Freud pretende inserir nele uma explicação de fato curioso: a presença nos sonhos de algo que se aparece aos chistes (Freud, 1950a, Carta 118).
Sem dúvida o episódio atuou como fator precipitante e fez com que Freud devotasse maior atenção ao assunto, mas não há de ter sido, possivelmente, a origem de seu interesse. Existe ampla evidência de que ele já tinha o assunto em mente vários anos antes. O simples fato de que dispusesse de uma resposta imediata à crítica de Fliess demonstra a probabilidade dessa suposição; outra confirmação é dada pela referência ao mecanismo dos efeitos ‘cômicos’, que aparece em uma página posterior de A Interpretação de Sonhos (ver em [1]) e que prenuncia um dos pontos principais do capítulo final do presente trabalho. Mas era inevitável que tão logo Freud iniciasse sua detalhada investigação dos sonhos, ficasse surpreendido pela freqüência com que ocorriam nos próprios sonhos, ou em suas associações, estruturas semelhantes a chistes. A Interpretação de Sonhos está cheio de exemplos dessa espécie, sendo talvez o registro mais antigo o do trocadilhesco sonho de Frau Cëcilie M., relatado em uma nota de rodapé ao final da história clínica de Fräulein Elizabeth von R. em Estudos sobre a Histeria (1895d), (ver em [1]).
Mas, bem distante dos sonhos, há evidência do precoce interesse teórico de Freud pelos chistes. Em carta a Fliess, de 12 de junho de 1897 (Freud, 1950a, Carta 95), após citar um chiste sobre dois Schnorrer, Freud escreveu: ‘Devo confessar que desde há algum tempo estou reunindo uma coleção de anedotas de judeus, de profunda importância’. Alguns meses depois, a 21 de setembro de 1897, cita uma outra história de judeu, como pertencente ‘a minha coleção’ (ibid., Carta 69), e inúmeras outras aparecem tanto na correspondência com Fliess como em A Interpretação de Sonhos. (Ver, particularmente, um comentário sobre essas histórias no Capítulo V, Seção B, a partir de [1].) Desta coleção, naturalmente, derivaram os muitos exemplos de tais anedotas sobre as quais tão amplamente se baseia sua teoria.
Uma outra influência, algo importante para Freud por volta daquela época, foi a de Theodor Lipps. Lipps (1851-1914) era um professor de Munique que escrevia sobre psicologia e estética, e ao qual se atribui a introdução do termo ‘Einfühlung’ (empatia). O interesse de Freud por ele foi, talvez, inicialmente despertado por um artigo sobre o inconsciente, lido em um congresso de psicologia de 1897, fundamento de uma longa discussão no último capítulo de A Interpretação de Sonhos (ver em [1].). Sabemos pelas cartas a Fliess que em agosto e setembro de 1898 Freud estava lendo um livro anterior de Lipps sobre The Basic Facts of Mental Life (1893), novamente impressionado pelos comentários deste sobre o inconsciente (Freud, 1950a, Cartas 94, 95 e 97). Mas já em 1898 aparecia um outro trabalho de Lipps sobre assunto mais específico - Komik und Humor. Foi este trabalho, como diz Freud logo ao início do presente estudo, que o encorajou a embarcar nele.
Foi em terreno assim preparado que caiu a semente do comentário crítico de Fliess, decorrendo entretanto muito anos até que frutificasse.
Freud publicou três importantes trabalhos em 1905: a história clínica de ‘Dora’, que apareceu no outono, embora, em sua maior parte, estivesse escrito quatro anos antes, Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade e Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente. Trabalhou nesses dois últimos livros simultaneamente: Ernest Jones (1955, 13) diz que Freud mantinha os dois manuscritos em mesas adjacentes e fazia acréscimos a um ou a outro de acordo com a disposição do momento. Os livros foram publicados quase simultaneamente e não está inteiramente estabelecido qual dos dois foi o primeiro. A numeração atribuída pelo editor em Três Ensaios é de 1124 e em Os Chistes, 1128; mas Jones (ibid., 375n.) relata que este último número estava ‘errado’, o que podia implicar na reversão dessa ordem. Na mesma passagem, entretanto, Jones afirma definitivamente que Os Chistes ‘apareceu logo após o outro livro’. A data real da publicação deve ter antecedido o início de junho, pois uma longa e favorável recensão apareceu no jornal diário de Viena Die Zeit a 4 de junho.
A história posterior deste livro difere muito dos outros principais trabalhos de Freud no período. A Interpretação de Sonhos, A Psicopatologia da Vida Cotidiana e Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade foram todos eles expandidos e modificados, de modo a se tornarem quase irreconhecíveis em suas edições posteriores. Meia dúzia de pequenos acréscimos foram feitos em Os Chistes quando este livro atingiu sua 2ª edição em 1912, mas depois nenhuma outra mudança foi efetivada.
Parece possível que tal circunstância se relacione ao fato de que o livro se mantenha à parte dos demais escritos de Freud. Ele próprio pensava assim. Suas referências a ele em outros trabalhos são comparativamente escassas, em Conferências Introdutórias (1916-17, Conferência XV) refere-se a que ele o tenha temporariamente desviado de seu caminho; em Um Estudo Autobiográfico (1925d), ver em [1] e [2], há mesmo o que parece ser uma referência levemente depreciativa. Então, inesperadamente, após um intervalo de mais de vinte anos, Freud retoma o fio da meada, em seu breve artigo sobre ‘Humour’ (1927d), no qual utilizava sua concepção estrutural da mente, recentemente proposta, para lançar nova luz sobre um obscuro problema.
Ernest Jones descreve o presente como o menos conhecido dos trabalhos de Freud, e isto é decerto verdade, o que não é de surpreender, quanto aos leitores não alemães.
‘Traduttore - Traditore!’ Tais palavras - dos chistes discutidos adiante por Freud (em [1]) - podiam ser convenientemente inscritas na página de rosto do presente trabalho. Muitos dos trabalhos de Freud suscitam agudas dificuldades para o tradutor, mas este apresenta um caso especial. Aqui, como em A Interpretação de Sonhos e A Psicopatologia da Vida Cotidiana, e talvez em maior extensão, somos confrontados por um grande número de problemas envolvendo algum jogo de palavras intraduzível. E aqui, como nesses outros casos, não podemos fazer mais que explicar a bem descomprometedora política adotada nessa edição. Dispomos de dois métodos, um ou outro dos quais tem sido usualmente adotado no tratamento de tais exemplos intraduzíveis - ou abandoná-los de todo ou substituí-los por exemplos do próprio tradutor. Nenhum desses métodos parece adequado a uma edição que pretende apresentar tão acuradamente quanto possível as idéias de Freud aos leitores ingleses. Aqui, entretanto, devemos nos satisfazer em fornecer as palavras críticas no alemão original, explicando-as tão brevemente quanto possível nos colchetes ou notas de rodapé. Inevitavelmente, é claro, o chiste desaparece nesse processo. Devemos lembrar-nos, contudo, que pela utilização de qualquer dos métodos alternativos, desaparecem porções, e às vezes as porções mais interessantes, dos argumentos de Freud. Presumivelmente o leitor tem estes em vista, mais que um momento de diversão.
Há, entretanto, uma dificuldade muito mais séria na tradução deste trabalho particular - uma dificuldade terminológica que o atravessa em sua totalidade. Por uma estranha fatalidade (cujas causas seria do maior interesse investigar) os termos alemães e ingleses cobrindo os mesmos fenômenos parecem nunca coincidir; são sempre aparentemente ou amplos ou estreitos demais - deixando lacunas entre si, ou superpondo-se. O próprio título do livro, ‘Der Witz‘ já se nos depara um importante problema. Traduzi-lo como ‘wit’ abre as portas para mal-afortunadas incompreensões. No uso inglês normal ‘wit’ e ‘witty’ têm um sentido altamente restrito e aplicam-se apenas a uma espécie de chistes mais refinados ou intelectuais. O mais sumário exame dos exemplos nestas páginas mostrará que ‘Witz‘ e ‘witzig‘ possuem conotação muito mais ampla. ‘Joke’ (chiste) por outro lado parece ser ampla demais e cobrir igualmente a alemã Scherz. A única solução para este, e para dilemas similares, parece ser a adoção de uma palavra inglesa para alguma correspondente alemã, mantê-la consistente e invariavelmente mesmo se parece errada em um determinado contexto. Deste modo o leitor ao menos poderá tirar sua própria conclusão quanto ao sentido em que Freud está usando tal palavra. Assim, através de todo o livro ‘Witz’ foi traduzido como ‘joke’ (chiste) e ‘Scherz‘ como ‘jest’ (gracejo). Há grande dificuldade com o adjetivo witzig, usado aqui na maioria dos casos como adjetivo qualificante de Witz. O Concise Oxford Dictionary apresenta, de fato, sem comentários, o adjetivo ‘joky’ (chistoso). Tal palavra teria poupado ao tradutor inúmeras desajeitadas perífrases mas ele confessa que não teve disposição para usá-la. As únicas vezes em que ‘Witz‘ foi traduzida como ‘wit’ são dois ou três lugares (p. ex., em [1]) em que se utiliza a palavra alemã (como explicado na última nota de rodapé) para denotar a função mental e não o seu produto, parecendo não haver, então, alternativa possível em inglês.
Há outras dificuldades, embora menos graves, quanto às palavras alemãs ‘das Komische‘ e ‘die Komik‘. Uma tentativa de diferenciar entre elas, usando ‘the comic’ (o cômico) para a primeira e ‘comicality’ (comicidade) para a segunda foi abandonada em vista da passagem ao fim do parágrafo em [1], onde as duas palavras diferentes são usadas em sentenças sucessivas, muito claramente com o mesmo sentido, atendendo meramente ao objetivo de ‘variação elegante’. De modo que a muito empolada palavra inglesa ‘the comic’ foi adotada sistematicamente para ambas as palavras alemãs.
Finalmente, pode-se notar que a palavras inglesa ‘humour’, naturalmente usada para a alemã ‘Humour‘, soa decididamente artificial a ouvidos ingleses em alguns contextos. O fato é que hoje raramente a palavra parece ser usada isoladamente. Dificilmente ocorre exceto na expressão ‘sense of humour’. Mas aqui, outra vez, o leitor estará em posição de decidir por si mesmo sobre o sentido que Freud conecta à palavra.
Espera-se ardentemente que essas dificuldades, afinal, todas elas superficiais, não detenham os leitores no início. O livro está cheio de um material fascinador, grande parte do qual não reaparece em nenhum outro escrito de Freud. As detalhadas abordagens aí contidas dos complicados processos psicológicos não têm rivais fora de A Interpretação de Sonhos, e são, em verdade, um produto da mesma fagulha de gênio que nos deu aquele grande trabalho.
O RELEITOR (MATTANÓ):
Freud aborda os chistes com um imenso talento que o fez gênio e celebre intelectual em todo o mundo.
Mattanó aborda os chistes como produção dos sonhos e da linguagem, da alfabetização, dos jogos de linguagem, como o trocadilho que por sua vez rendeu a ele as ideias sobre a pulsão auditiva em 1995 e suas Novas Teorias e Epistemologias Psicológicas que abordam o tema como um produto da pulsão de morte, da desintegração, da fragmentação produzida pela autodestruição causada pela lavagem cerebral originada pela pulsão auditiva com seus trocadilhos associados à psicanálise desejante.
MATTANÓ
(29/03/2019)
Para a Psicanálise do Amor os chistes segundo Freud são frutos com um imenso talento que o fez gênio e celebre intelectual em todo o mundo.
Mattanó aborda os chistes como produção dos sonhos e da linguagem, da alfabetização, dos jogos de linguagem, como o trocadilho que por sua vez rendeu a ele as ideias sobre a pulsão auditiva em 1995 e suas Novas Teorias e Epistemologias Psicológicas que abordam o tema como um produto da pulsão de morte, da desintegração, da fragmentação produzida pela autodestruição causada pela lavagem cerebral originada pela pulsão auditiva com seus trocadilhos associados à psicanálise desejante.
Da mesma forma podemos ainda especular que os chistes tem seu caráter e lado virtual, ou seja, que podem ser construídos a partir do mundo e da realidade virtuais, através dos sonhos, da linguagem, da alfabetização, dos jogos de linguagem e da produção científica, que rendeu a ideia acerca da pulsão auditiva de Mattanó a partir de 1995 e suas Novas Teorias e Epistemologias Psicológicas que especulam os chistes com parte de um processo ou produto da pulsão de morte e da autodestruição desse indivíduo gerada pela lavagem cerebral estudada por essa produção científica, toda essa realidade quando virtual torna-se um grande mundo virtual que pode ser convertido em Palavra e em Sagrada Escritura e assim despertar o interesse pelas suas ferramentas que são os ¨avatares Bíblicos¨, a ¨moral Bíblica¨, os ¨frutos Bíblicos¨, a ¨natureza Bíblica¨, a ¨vida espiritual¨, os ¨personagens Bíblicos¨ e a ¨Paixão, Morte, Redenção e Ressurreição de Cristo que é o Amor e a imago Materna, Paterna e Fraterna¨ que são a Mãe de Deus, Deus Pai e o Espírito Santo representado nos seus Irmãos e Irmãs, para construir uma história de Amor onde suas extensões e desdobramentos, como a raiva, o ódio, a inveja, o medo e o ciúme são justamente extensões e desdobramentos do Seu Amor Original que é o Amor por Deus e o Seu Amor Delirante que é o Seu Amor pela imago Materna ou pela Sua Mãe, pelo Útero do Mundo, pela deusa-Mãe, em outras culturas, formas de conhecimento, de consciência e de realidade.
MATTANÓ
(08/05/2025)